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CIHDOTT

A comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT do Pompéia é composta por 12 membros, funcionários das áreas de psicologia, enfermagem e administrativa e conta com o apoio de médicos e residentes que atuam diretamente na promoção da doação de órgãos e tecidos. Foi pioneira e seu trabalho tem grande importância no Estado e em âmbito nacional.

A partir da linha do tempo, podemos conhecer um pouco de sua história.

1992 – Primeiro transplante de rim do Pompéia Ecossistema de Saúde, com doador vivo.

1996 – Junto com a Secretaria de Saúde do RS, é criada a Central de Transplantes, um ano antes da criação da Lei do Transplante. Neste mesmo ano, iniciam-se as retiradas de múltiplos órgãos. Assim, o Pompéia Ecossistema de Saúde passa a estimular outros hospitais da região a notificarem seus potenciais doadores.

1997 – É descrita a Lei 9434 que regula o transplante.

1999 – A partir de nefrologistas que faziam a busca por potenciais doadores, foi criada uma equipe multidisciplinar disponível no hospital denominada ECO – Equipe de Captação de Órgãos, tendo um grande aumento nas notificações.

2000 – Surge a Portaria 905 que determinava a criação das CITs – Comissões Intra-Hospitalares de Transplantes (nomenclatura anterior à CIHDOTT). Neste momento, houve um grande crescimento dos números de captação do Pompéia, estimulando outras instituições da cidade a percorrerem o mesmo caminho, demonstrando o comprometimento com a causa da doação.

2003 – Auxiliado por vários profissionais com grande experiência na área e motivados pela ausência de material bibliográfico para auxílio das Comissões Intra-Hospitalares, é idealizado o “Manual de Doação de Órgãos e Tecidos”.

2004 – Sendo referência pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT) como modelo de atuação, a CIHDOTT do Pompéia Ecossistema de Saúde é convidada a auxiliar na montagem e execução dos cursos de Coordenadores Intra-Hospitalares por dezoito meses pelo Brasil.

2006 – Juntamente com o Lions Clube São Pelegrino, em março deste ano, é fundado o “Banco de Olhos do Hospital Pompéia/Lions São Pelegrino”. Passando a ser a única cidade do interior a possuir dois Bancos de Olhos ( atualmente, Pompéia Ecossistema de Saúde e Hospital Geral). 

2008 – Recebe o prêmio da ASTRAF (Associação dos Transplantados de Fígado do Rio Grande do Sul) pela sua dedicação nos processos de doação/transplante de órgãos.

2009 – Surge em 21 de Outubro a Portaria nº 2600 que Aprova o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, além de definir a organização das OPO’s e CIHDOTT’s. 

2009 – Em 06 dezembro, o Banco de Olhos do Pompéia, em parceria com o Lions Clube São Pelegrino adquirem o primeiro Microscópio Especular para Banco de Olhos, sendo o primeiro no Estado a possuir um aparelho deste tipo. 

2011 – Em 15 de dezembro é instituído as OPO’s no Estado do Rio Grande do Sul.

2012 – O Pompéia Ecossistema de Saúde recebe a OPO3 – Organização de Procura de Órgãos, responsável pela busca ativa de potenciais doadores na região serrana do Estado do Rio Grande do Sul. 

Doação de Órgãos

Reconhecido como um dos melhores centros de captação de órgãos e tecidos do país, o Pompéia Ecossistema de Saúde, em Caxias do Sul, começou a trabalhar em 1996, antes mesmo da publicação da lei de transplantes de órgãos no Brasil. A meta era disseminar a importância dos transplantes para a saúde.

Para isso, cada enfermeiro que começa a trabalhar na instituição passa por um treinamento, no qual aprende os princípios básicos e práticas, tais como, quem doa, quem recebe e quais órgãos podem ser doados. Além disso, a partir dos cursos, eles percebem a importância de incentivar a doação na instituição e na família. Iniciativa que trouxe resultados práticos muito positivos.

Além de trabalhar com os funcionários, o Pompéia Ecossistema de Saúde atua fora de seus limites. Uma das ações é promover palestras em escolas e empresas, além da utilização constante de veículos de comunicação que atuam na região, com o objetivo de difundir a cultura da doação de órgãos.

A história do transplante

O primeiro transplante realizado no mundo foi em 1933, por um cirurgião ucraniano em um homem que sofria de insuficiência renal aguda. Em 1963, foi realizado o primeiro transplante de fígado e em 1967, o primeiro cardíaco. No Brasil, o assunto “transplante de órgãos” iniciou em 1968.

Este assunto começou a surgir no Rio Grande do Sul em meados da década de 70, segundo o ex-Coordenador da Central de Transplantes,  Roberto Schlindwein, sendo o transplante renal o primeiro gênero entre os demais realizados atualmente no Estado.

Apesar do avanço das técnicas cirúrgicas, os cirurgiões se deparavam com problemas relacionados à rejeição. Em 1978, a introdução da ciclosporina – droga imunossupressora (anti rejeição) revolucionou os transplantes em todo o mundo. 

Na década de 1980, as retiradas de múltiplos órgãos foram padronizadas e surgiram novos medicamentos imunossupressores, sendo também desenvolvida uma solução de conservação de órgãos que aumentaram o sucesso dos transplantes no mundo.

  Com uma das mais rigorosas legislações concernentes ao transplante de órgãos e tecidos, o Brasil atualmente atinge o índice de 19 doadores por milhão de habitantes, segundo o Ministério da Saúde. Este índice pode ser aumentado se ações forem desenvolvidas em prol da causa que hoje afeta mais de 57.000 pessoas, em todo o país, que aguardam na fila de espera.