No dia 31 de janeiro de 2025, o Pompéia Ecossistema de Saúde realizou um marco histórico na medicina brasileira. Uma cirurgia inédita, envolvendo avanços na técnica de Osseointegração (ou Osteointegração), foi realizada para transformar a vida de um jovem paciente (37 anos), Jedimar de Oliveira, que necessitou amputar as duas pernas, devido à isquemia provocada pelo uso de medicações vasopressoras.A amputação de membros é uma condição que vai muito além de uma questão física. É uma condição que impacta profundamente a vida das pessoas, afetando sua identidade, mobilidade e rotina em aspectos emocionais, sociais, econômicos e psicológicos.
O tema amputação ganhou relevância de alerta popular a partir do cenário alarmante: dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) revelam o aumento da média diária para 85 casos de amputação na rede pública de saúde. De janeiro de 2012 a maio de 2023, foram realizadas mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas ou pés) pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Seja por consequência de doenças, traumas ou complicações médicas, a perda de um membro representa um desafio imenso para quem precisa reconstruir sua identidade, sua mobilidade e sua rotina. Esta intervenção inovadora, resultado de mais de três anos de estudo e trabalho colaborativo, irá beneficiar milhares de pessoas.]
A Importância da Osseointegração e Ineditismo da Cirurgia no Brasil
A Osseointegração é uma técnica inovadora e uma alternativa em relação às próteses convencionais para amputados. No Brasil, a técnica foi introduzida pelo Dr. Marcelo Souza, que também participou da cirurgia no Pompéia. É um procedimento que permite a conexão direta entre o osso humano e um implante artificial, proporcionando aos pacientes maior conforto e funcionalidade em comparação às próteses convencionais.
No caso do paciente do Pompéia, Jedimar de Oliveira, uma prótese metálica foi implantada diretamente no osso e conectada à prótese externa, permitindo maior facilidade de uso, melhoria na caminhada, aumento da velocidade e distância percorrida, aumento do uso da prótese e redução de problemas de pele e feridas relacionadas com a adaptação da prótese nos tecidos moles. A cirurgia devolverá ao jovem paciente a função das pernas muito próximo ao normal, ampliando sua qualidade de vida e independência.A cirurgia, a primeira bilateral realizada no Brasil (ambas as pernas no mesmo procedimento), foi minuciosamente planejada há meses por uma equipe multidisciplinar. Este time de especialistas inclui médicos, fisioterapeutas e engenheiros, que aliaram conhecimentos de vanguarda para garantir o sucesso da intervenção. A liderança é do Dr. Gustavo Gil, renomado ortopedista do Pompéia Ecossistema de Saúde, com vasta experiência em ortopedia oncológica e fixação externa.
“A realização desta cirurgia representa não apenas um avanço técnico, mas um compromisso com a inovação, a pesquisa científica e o cuidado humano. A vida deste jovem paciente será transformada, devolvendo a ele a independência e a qualidade de vida. Este é o legado desta cirurgia.”, afirma o Dr. Gustavo Gil.
Sobre o Dr. Gustavo Gil
Gustavo de Almeida Nunes Gil possui graduação em Medicina pela Universidade de Caxias do Sul (1999), com especialização em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital Cristo Redentor, Grupo Hospitalar Conceição – HCR/GHC (2000-2002) e em Ortopedia Oncológica pela Santa Casa de Porto Alegre (2003-2004). Também realizou especialização em fixação externa e reconstrução no Hospital Alessandro Manzoni – Lecco, Itália. É membro titular de várias entidades de ortopedia, como: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica e do Comitê ASAMI de reconstrução e alongamento ósseo. Ele também atua como preceptor da residência médica no Pompéia Ecossistema de Saúde.